O
que impede uma pessoa de crescer profissionalmente e socialmente? De ter amigos leais, fazer
parte de um grupo dinâmico onde a palavra de passe seja companheirismo e
amizade? Ou
ainda, de conquistar a tão sonhada vaga bum emprego bem-remunerado?
Você
já parou para pensar nessas questões? Conseguiu
por acaso visualizar-se preso em alguma delas? Ou lembrou-se de algum amigo ou parente? A vida moderna é tão
corrida e tão cheia de pormenores que por vezes nos esquecemos de nós mesmos. Esquecemos
das coisas mais simples e significativas de nossas vidas. Coisas como olhar no
espelho e gostar do que vê, cantarolar no chuveiro ou dentro do carro no
trajeto corriqueiro, como o de ida da casa para o trabalho, e desse de volta
para o lar. É estranho, porém esquecemos de coisas tão importantes e
significativas para a integridade de nossa mente e da saúde física e
espiritual.
Todos
sonhamos com a tão almejada paz eterna; embora para alguns pareça ser essa uma
utopia, ou pelo menos um sonho irrealizável. Quando penso no assunto, ou falo
sobre o mesmo em algum veículo de comunicação, tenho sempre o cuidado de dizer
que sonhos e fantasias são palavras que possuem significados distintos. Os sonhos
são projeção do inconsciente, tomados através de uma gama enorme de informações
absorvidas pelos sentidos físicos no decorrer de um período de tempo. A mente
processa através dos mecanismos da memória, as informações contidas no
inconsciente e as adequa às possibilidades fisiológicas do indivíduo num
determinado momento.
É
dessa maneira que funciona a cabeça revolucionária dos gênios de mente
criativa, sonhando e desejando alcançar e por vezes se misturaram aos sonhos. Como
o pai da aviação que sonhava vencer a gravidade, ou como o artista de sucesso
que quer superar as barreiras condicionantes da ilusão social a que nos
submetemos sem o saber logo nos primórdios de nossa vida. Freud chamava a essa
ilusão de neurose edipiana, fazendo alusão ao mito grego de Édipo, o filho que
se apaixona pela mãe e vira-se contra o pai. Ao meu ver, estamos hipnotizados,
ou neutralizamos coletivamente porque logo nos primórdios de nossas vidas
pensamos. “O mundo é dos adultos e eu sou tão pequenininho e tão bobinho que
não sei enfrentar os problemas elementares da vida”.
Já
vimos inúmeras crianças pelo colo da mãe, e pelo perdão do pai. Só que nos
esquecemos dessas cenas que impregnam o nosso inconsciente e não for bem
trabalhada nos impedirá de conquistamos a felicidade e a realização na fase
adulta de nossas vidas.
A
criança pensa: papai é tão grande e forte, e mamãe o ama, porque também é
grande.
Essa
afirmação mental para o adulto significa:
-
Essa empresa (empreitada ou negócio) é demais para mim, vou fracassar.
Ou:
-
Essa mulher é maravilhosa, e eu não a mereço.
Ou
ainda:
-
Esse clube é muito luxuoso, eu não estou à altura.
Tudo
isso porque o papai é grande e forte, ele sim conquistou a mamãe e fez de mim e
a meus irmãozinhos, por isso tenho que seguir seu modelo.
O
papai entende tudo sobre amor, economia e mulheres e meu pipi, meu corpo é tão
pequeno que não posso ir além.
Esses
são os pensamentos que qualquer indivíduo tem quando criança; o único problema
real é que eles adequados para a mente do adulto. Que sem conhecer o
funcionamento de sua mente entra nas armadilhas do inconsciente se sentindo
pequeno e inferiorizado diante das situações de emergência. Como por exemplo o
diretor de uma empresa, que diante da queda das vendas de seu produto fica
congelado sem saber como proceder e enfrentar a concorrência. Ele sente-se
castrado, como se a sua referência existencial não existisse, e assim fica
desmotivado sem saber como agir. Isso é o que chamo de castração empresarial ou
mercadológica. É o indivíduo inconscientemente por algum período sem
referencial sexual e se sentindo com isso, congelado pela humilhação de não
saber como agir. Conhecer os processos formativos da mente e seus mecanismos, é
conquistar a sua verdadeira sexualidade e prosperidade.
Elias
Luiz Bispo IV
(Este texto foi revisado e atualizado segundo a Nova Norma
Brasileira Gramatical e extraído da revista “Merc News ABC” de junho de 1997).
Nenhum comentário:
Postar um comentário