Está
associado ao vento e ao sopro, representando a vontade divina manifesta através
da palavra.
“E
o Senhor fez o homem de barro e soprou em suas narinas, para que este tivesse
vida”.
Na
magia o ar está associado ao verbo, ao poder das palavras e cânticos mântricos,
sons que emitimos – seguindo-se certos critérios herméticos – podem produzir ou
reproduzir certos fenômenos naturais.
Para
os rosa-cruzes, a primeira inalação de ar do recém-nascido representa a
manifestação, ou início da manifestação do elemento alma do corpo físico. No antigo
Egito, existiam conjurações específicas, feitas para o vento e para os seres
alados que habitavam o ar. Para o Candomblé o ar é a habitação de múltiplas
formas de energias controladas pelos Orixás, como Oxalá, Tempo, Oyá e Afefé,
deuses controladores dos poderes naturais. Num mito conhecido pelos
candomblecistas, Oxalá (o ar) representa a energia fecundadora, esposo de Nanã
(a Terra) ou seu amante, aparece como o grande responsável pela vida na Terra. Para
entrar em harmonia com esse poder invisível. Comece a respeitá-lo e sinta-se
vivo. Dê uma maior atenção aos seus pulmões, e ao que você anda dizendo ou
deixando de dizer às pessoas. Respire e perceba se o ar entra em seus pulmões
com dificuldade; se isso estiver ocorrendo é porque você anda engolindo e
escondendo no inconsciente processos dolorosos. Comece a expressar, comece a
respirar e a viver mais plenamente. O ar que entra em seu corpo é energia pura,
é amor. Assim, quando não nos sentimos amados, nossa respiração perde a
intensidade, e o pulmão começa a trabalhar com ar estagnado. Um longo período
de desamor leva ao cansaço físico e mental, o estresse torna-se presente e
sobrevêm as doenças somáticas.
Receba
o ar com intensidade em seus pulmões e deixe todo o prana, organe, chi, axé ou
seja lá como você queira chamar essa energia de vida, simplesmente permita que
a vida aconteça com maior intensidade.
Elias
Luiz Bispo IV
(Este texto foi revisado e atualizado segundo a Nova Norma
Brasileira Gramatical e extraído da revista “Merc News ABC” de março de 1998).
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