domingo, 17 de maio de 2015

Espírito no Ar


Está associado ao vento e ao sopro, representando a vontade divina manifesta através da palavra.
“E o Senhor fez o homem de barro e soprou em suas narinas, para que este tivesse vida”.
Na magia o ar está associado ao verbo, ao poder das palavras e cânticos mântricos, sons que emitimos – seguindo-se certos critérios herméticos – podem produzir ou reproduzir certos fenômenos naturais.
Para os rosa-cruzes, a primeira inalação de ar do recém-nascido representa a manifestação, ou início da manifestação do elemento alma do corpo físico. No antigo Egito, existiam conjurações específicas, feitas para o vento e para os seres alados que habitavam o ar. Para o Candomblé o ar é a habitação de múltiplas formas de energias controladas pelos Orixás, como Oxalá, Tempo, Oyá e Afefé, deuses controladores dos poderes naturais. Num mito conhecido pelos candomblecistas, Oxalá (o ar) representa a energia fecundadora, esposo de Nanã (a Terra) ou seu amante, aparece como o grande responsável pela vida na Terra. Para entrar em harmonia com esse poder invisível. Comece a respeitá-lo e sinta-se vivo. Dê uma maior atenção aos seus pulmões, e ao que você anda dizendo ou deixando de dizer às pessoas. Respire e perceba se o ar entra em seus pulmões com dificuldade; se isso estiver ocorrendo é porque você anda engolindo e escondendo no inconsciente processos dolorosos. Comece a expressar, comece a respirar e a viver mais plenamente. O ar que entra em seu corpo é energia pura, é amor. Assim, quando não nos sentimos amados, nossa respiração perde a intensidade, e o pulmão começa a trabalhar com ar estagnado. Um longo período de desamor leva ao cansaço físico e mental, o estresse torna-se presente e sobrevêm as doenças somáticas.
Receba o ar com intensidade em seus pulmões e deixe todo o prana, organe, chi, axé ou seja lá como você queira chamar essa energia de vida, simplesmente permita que a vida aconteça com maior intensidade.

Elias Luiz Bispo IV


(Este texto foi revisado e atualizado segundo a Nova Norma Brasileira Gramatical e extraído da revista “Merc News ABC” de março de 1998).

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