domingo, 3 de maio de 2015

É Tempo de Viver


Hoje acordei pensando na vida, pensando em viver e em como esse pensamento pode assumir características definidas ou não. Pensando na vida comecei a pensar nas diversas formas de vida existentes no universo. Qual a finalidade de tantas vidas, porque tantos bilhões de organismos se debatendo pela vida? A resposta me veio rápida e automaticamente. A vida é ação, movimento, criação e constante evolução, e não poderia ser de outra forma. Somos um número infinito de células e átomos em constante mutação, nascendo e morrendo, tomando formas cada vez mais complexas e nos apontando os caminhos da evolução. Quem pode dizer neste mundo, que o homem não está num processo de crescente evolução física e moral. Realmente ainda estamos muito longe da perfeição, e em nossa pobre e simples condição humana ainda teremos de trabalhar muito para nos tornarmos melhores. Pessoas melhores, mais humanas, mais alegres, mais felizes e mais despreconceituosas.
Quero dizer com esta reflexão sobre a vida, que essa assume complexidades que tem de ser entendidas, por cada ser vivente. A vida nos pertence porque estamos vivos, sentimos, pensamos e podemos raciocinar. Somos responsáveis por nosso atos, sejam positivos ou negativos, e de acordo com nossos procedimentos direcionamos nossas vidas. Quantas vezes choramos a miséria em que vivemos, mas nos esquecemos de refletir sobre nossas próprias atitudes. O que é que obriga verdadeiramente o ladrão a roubar? A prostituta a continuar nessa vida? A mulher infeliz a ver-se sempre traída pelo marido? Será que essas pessoas em uma grande maioria, não se tornaram puramente escravos da rotina e sem refletir atiram-se cada vez mais num poço escuro de sofrimento e angústia?
Dentro da Lei de polaridade, existem dois fatores atuantes em nossas vidas. Refiro-me ao fator interno (emoção-preconceito-inconsciente) e ao externo (econômico-cultural-outras pessoas).
Para trabalharmos o fator externo, realmente encontramos certas dificuldades porque não dependem muito de nós, mas em compensação podemos procurar nos trabalhar. Quando digo nos trabalhar, estou dizendo que podemos mudar algumas de encarar o mundo e as pessoas que nos cercam. Por exemplo. “Quantas vezes apontamos um rapaz como bicha ou transviado, só porque não usamos o cabelo comprido”? Com essa atitude: “Aquela mulher não presta porque se divorciou, e agora tem um amante”. Quanto tempo desperdiçado com coisas tolas e corriqueiras. Quanto tempo jogado fora com fofocas e calúnias. Pensem apenas em quanto deste valioso tempo poderia ser utilizado na leitura de um bom livro, assistindo um bom filme, indo ao teatro ou simplesmente sendo agradável com o vizinho evitando as maledicências. O tempo corre e a vida passa, coisas que poderíamos ter feito com 12 anos não poderemos fazer com vinte. O que poderíamos ter criado aos 25, pode-se tornar impossível aos 50 anos. Não percamos tempo, pois nenhum tempo no mundo é recuperável. Procuremos trabalhar. Estudar, criar e nos aperfeiçoar enquanto temos tempo. “A VIDA NOS COBRA O TRABALHO”.

Elias Luiz Bispo IV


(Este texto foi revisado e atualizado segundo a Nova Norma Brasileira Gramatical e extraído do jornal “Na Hora” de Fernandópolis - SP - de 2 de abril de 1991 e da revista “Merc News ABC” de setembro de 1999,  Número 50).


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