domingo, 19 de abril de 2015

Saindo do Poço


 Numa época tão conturbada como a que estamos vivendo, em que ouvimos constantes reclamações das pessoas que nos cercam e fazem parte do nosso meio social, podemos ver através dos meios de comunicação a hecatombe nacional (baderna nacional) que assola o país. Ficamos sem estímulos na grande maioria de vezes em trabalharmos, por vivermos neste país, isso porque parece não existir uma estrutura governamental voltada ao trabalhador, porque parece não existir coerência administrativa e senso de justiça social em nossos dirigentes governamentais.
Isso acaba por desestimular a uma grande massa de trabalhadores, que veem suas inspirações de conquistar uma vida simples mais proveitosa se dispersando no ar, como a fumaça espalhada pelo vento.
A perca do sonho ou do estimulo para sonhar, se transformar em frustação para o indivíduo humano que em geral se entrega a sentimentos depressivos, e começa a nutrir pensamentos derrotistas anulando de vez suas possibilidades de progresso.
O nosso momento político-econômico é realmente catastrófico. Há firmas falindo, famílias esfomeadas saindo de suas cidades partindo para os grandes centros, que sufocados pelo rápido crescimento, acabam se constituindo em máquinas defeituosas, proporcionando o surgimento de quadrilhas e de condições sub-humanas de vida. Podemos dizer que estamos vivenciando um verdadeiro inferno que parece não ter solução.
O problema é realmente complexo, mas quando pensamos que não há solução para um determinado problema, limitamos nossa capacidade de criação.
Essa capacidade de criação ou criatividade é a responsável por nossa evolução. É nosso real tesouro e nunca deveríamos abrir mão desta capacidade enchendo-nos de sentimentos depressivos. Se a depressão é o fator anulador de nossa criatividade, o seu oposto é o otimismo, que é um manancial de possibilidades para enfrentamos os problemas e conquistamos as vitórias.
Nos momentos de crise e de desespero, lembre-se de que quando alguém chega ao fim do poço, a única saída é começar a subir...
“Lembre-se que a parte mais escura da noite é justamente a que antecede o nascer do Sol”.

(Este texto foi revisado e atualizado segundo a Nova Norma Brasileira Gramatical e extraído do jornal “Na Hora” de Fernandópolis - SP - de 09 de março de 1991).


Elias Luiz Bispo IV

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