Os
símbolos naturais surgem através de associações de imagens ligadas a uma ou
várias manifestações dos fenômenos naturais, criando em nosso inconsciente um
conjunto com informações ligado ao fenômeno assistido, que a partir desse
momento passa a ser a chave de código pessoal e coletivo. Destarte, sabemos que
tudo que existe no universo, na verdade, é uma manifestação de algo, e este por
constitui-se em num símbolo. O que seria um símbolo? Símbolo nada mais é
representação de algo através de um código que pode ser sonoro, visual,
olfativo ou tátil. Este código, quando artificial, será interpretado pela mente
consciente através dos mecanismos associativos ligados à memória. Se o código
for desconhecido da mente consciente, e o símbolo for de ordem natural, o
inconsciente profundo é que se incumbirá de decodificar a mensagem recebida, e evitá-la
para a consciência da mente. Neste caso a compreensão do código recebe o nome
de intuição. Símbolo artificial é constituído pela mente humana para
representar uma ideia, como os brasões das instituições sociais, por exemplo: o
desenho de um leão em flâmula ou bandeira poderá estar simbolizando poder, caráter
e lealdade. Para que possamos entender perfeitamente o simbolismo do animal,
faz-se necessário o estudo de sua vida e seus costumes. Se o leão estive representado
sobre duas patas, mostrando suas garras e dentes e, se ainda esta representação
for em dourado, este será o símbolo de poder, honra e orgulho. Por estar
expondo de forma ameaçadora suas garras e presas, estará também assumindo o
simbolismo da força potencial, de ação e do movimento. Ao mesmo, demonstra intelecto
superior, por igualar-se aos homens em sua postura; e realeza, por estar
representado com pelos dourados. A flâmula ou bandeira são símbolos artificiais
que criamos para representar um clã, uma ideia, um acontecimento, um clube, uma
cidade ou um país. Outro símbolo muito interessante, está na construção de
igrejas, as quais chamo de símbolos de transição ou ligação, por representarem
a dualidade e atemporalidade da alma.
Elias Luiz Bispo IV
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