sexta-feira, 10 de julho de 2015

Vampirismo no Brasil


No Brasil não ouvimos falar de seres do outro mundo, que saem dos cemitérios em corpos de cadáveres à procura de sangue humano, que lhes dará a vida eterna enquanto habitarem as trevas noturnas. Tampouco lemos manchetes nos jornais que nos façam pensar em algum caso de vampirismo.
Um país como o nosso, muito distante da Europa Central, não tem tradição vampirista como o conde Drácula ou de outros nobres da antiga Europa.
O vampirismo revela-se por uma grande sede de viver e burlar a morte, mesmo que para isso tenha de se sugar a vida de outrem em benefício próprio.
 Aliado e obediente às forças ocultas das trevas, o ser abominável continua a viver após a morte física, interrompendo o círculo de evolução e reencarnação natural da vida.
Segundo Freud, o vampiro está ligado a intensos desejos sexuais insatisfeitos, e por isso sente a necessidade incontrolável de absorver seu companheiro.
Vejamos um pequeno trecho do livro “O Oculto” de Colin Wilson:
“As janelas envidraçadas de uma determinada casa abriam-se em algum instante da noite, e não adiantava tentar mantê-las fechadas porque se abriam de novo. Um jovem homossexual que vivia na casa estava em tratamento psiquiátrico, mas se apresentava constantemente destruído de vitalidade. Uma noite, presente na casa um estudioso de ocultismo, os cães começaram a ladrar e as janelas abriam-se. ‘Quando apagaram as luzes, viram um brilho opaco num canto da sala; ao tocarem aquele brilho com as mãos, tiveram uma sensação de formigamento, como o que se sente ao se tocar em água eletricamente carregada’. O ocultista fez sumir o espírito ao ‘absorvê-lo’ com uma simpatia.
O jovem homossexual confessou mais tarde que talvez conhecesse a origem do problema. Seria um primo, também homossexual, que fora apanhando nos campos de batalha da França a praticar a necrofilia com soldados mortos, e enviado de volta à Inglaterra para tratamento psiquiátrico. Muitas vezes o rapaz visitava o primo, tendo havido relação sexual entre eles (numa ocasião o rapaz mordeu o pescoço do primo, sugando-lhe um pouco de sangue). Foi depois da separação dos dois que começaram a ocorrer os fenômenos, e o moço que habitava a casa passou a ter pesadelos em que um fantasma o atacava e lhe sorvia a energia”.
A ligação do primo como o moço era tão forte, que o desejo de possui-lo era uma constante no seu cérebro. As lembranças marcantes e o desejo incontrolável de seu projetasse psiquicamente envolvido por uma sútil camada ectoplásmica para satisfazer-se, retirando a energia do antigo companheiro.

Elias Luiz Bispo IV


(Este texto foi revisado e atualizado segundo a Nova Norma Brasileira Gramatical e extraído do livro “O Poder do Conhecimento Oculto” do mesmo autor da editora Tríade. Esta obra encontra-se esgotada no momento em projeto para reimpressão).

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