Hoje
acordei pensando na vida, pensando em viver e em como esse pensamento pode
assumir características definidas ou não. Pensando na vida comecei a pensar nas
diversas formas de vida existentes no universo. Qual a finalidade de tantas
vidas, porque tantos bilhões de organismos se debatendo pela vida? A resposta me veio rápida e
automaticamente. A vida é ação, movimento, criação e constante evolução, e não
poderia ser de outra forma. Somos um número infinito de células e átomos em
constante mutação, nascendo e morrendo, tomando formas cada vez mais complexas
e nos apontando os caminhos da evolução. Quem pode dizer neste mundo, que o homem
não está num processo de crescente evolução física e moral. Realmente ainda
estamos muito longe da perfeição, e em nossa pobre e simples condição humana
ainda teremos de trabalhar muito para nos tornarmos melhores. Pessoas melhores,
mais humanas, mais alegres, mais felizes e mais despreconceituosas.
Quero
dizer com esta reflexão sobre a vida, que essa assume complexidades que tem de
ser entendidas, por cada ser vivente. A vida nos pertence porque estamos vivos,
sentimos, pensamos e podemos raciocinar. Somos responsáveis por nosso atos,
sejam positivos ou negativos, e de acordo com nossos procedimentos direcionamos
nossas vidas. Quantas vezes choramos a miséria em que vivemos, mas nos
esquecemos de refletir sobre nossas próprias atitudes. O que é que obriga
verdadeiramente o ladrão a roubar? A
prostituta a continuar nessa vida? A
mulher infeliz a ver-se sempre traída pelo marido? Será que essas pessoas em uma grande
maioria, não se tornaram puramente escravos da rotina e sem refletir atiram-se
cada vez mais num poço escuro de sofrimento e angústia?
Dentro
da Lei de polaridade, existem dois fatores atuantes em nossas vidas. Refiro-me
ao fator interno (emoção-preconceito-inconsciente) e ao externo
(econômico-cultural-outras pessoas).
Para
trabalharmos o fator externo, realmente encontramos certas dificuldades porque
não dependem muito de nós, mas em compensação podemos procurar nos trabalhar. Quando
digo nos trabalhar, estou dizendo que podemos mudar algumas de encarar o mundo
e as pessoas que nos cercam. Por exemplo. “Quantas vezes apontamos um rapaz
como bicha ou transviado, só porque não usamos o cabelo comprido”? Com essa atitude: “Aquela mulher
não presta porque se divorciou, e agora tem um amante”. Quanto tempo
desperdiçado com coisas tolas e corriqueiras. Quanto tempo jogado fora com
fofocas e calúnias. Pensem apenas em quanto deste valioso tempo poderia ser
utilizado na leitura de um bom livro, assistindo um bom filme, indo ao teatro
ou simplesmente sendo agradável com o vizinho evitando as maledicências. O tempo
corre e a vida passa, coisas que poderíamos ter feito com 12 anos não poderemos
fazer com vinte. O que poderíamos ter criado aos 25, pode-se tornar impossível
aos 50 anos. Não percamos tempo, pois nenhum tempo no mundo é recuperável. Procuremos
trabalhar. Estudar, criar e nos aperfeiçoar enquanto temos tempo. “A VIDA NOS
COBRA O TRABALHO”.
Elias
Luiz Bispo IV
(Este texto foi revisado e atualizado segundo a Nova Norma
Brasileira Gramatical e extraído do jornal “Na Hora” de Fernandópolis - SP
- de 2 de abril de 1991 e da revista “Merc News ABC” de setembro de
1999, Número 50).
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